A Caravana da Inclusão da Mulher na Política, uma iniciativa da Escola do Legislativo da Alesc para estimular o debate e a reflexão sobre as realidades catarinense e brasileira da participação feminina nos espaços de decisão e de poder, chega ao município de Penha, nesta quarta-feira (30). Numa parceria com a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Vereadores de Penha e OAB-SC, o evento acontece na Câmara Municipal (Avenida Prefeito Eugênio Krause, 94 – Centro), a partir das 18h30.
Participam desta edição a ex-deputada e atual diretora da Escola do Legislativo da Alesc, Marlene Fengler, e a ex-deputada Ada Faraco de Luca. Também integram a mesa-redonda Camila Custódio, especialista em treinamento e desenvolvimento humano, a vereadora Marcilei Vignatti, presidente da Uvesc, e a vice-prefeita de Penha, Maria Juraci Alexandrino. As inscrições estão abertas no site.
Estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e, em média, 15% de eleitas. Ou seja, as mulheres são mais da metade da população e do eleitorado, mas não conseguem essa mesma expressão na política. Dados da União Interparlamentar com base em informações fornecidas pelos parlamentos nacionais de quase 190 países, revelam que, em 2022, o Brasil estava na posição 129, com apenas 17,7% de assentos ocupados por mulheres na Câmara dos Deputados.
Sociedade mais inclusiva
A diretora da Escola do Legislativo deputado Lício Mauro da Silveira, Marlene Fengler, explica que a instituição busca atender demandas apresentadas pelas câmaras municipais, associações de câmaras e de municípios, prefeituras e outras instituições, além das comissões da Assembleia, que abordam alguns objetivos globais definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um desses Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados até 2030, destaca a igualdade de gênero também na política. O aumento da participação das mulheres é considerado um passo importante para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa para todas as pessoas.
"Em quatro anos de mandato parlamentar, percebi na prática as dificuldades que as mulheres enfrentam no dia a dia para estarem na política, mas não adianta reclamar e, sim, entrar nesse universo que ainda é predominantemente masculino para fazermos as mudanças que defendemos", finaliza Marlene.