A docente Ariane Kuhnem foi a mediadora da mesa que abriu a programação do evento de cooperação entre Brasil e Canadá realizado no Auditório Antonieta de Barros, no Palácio Barriga Verde, na tarde desta terça-feira (23). A primeira experiência relatada foi da pesquisadora Maria-Luiza Schwartz (Universidade Federal de Campina Grande) que está investigando a importância da biodiversidade vegetal para os habitantes da cidade de Cajuzeiros, no alto sertão paraibano. Ela estudou em Montreal, Canadá, onde obteve inspiração para “abrir os olhos acadêmicos para a prática”. Com auxílio de equipe de urbanistas, Maria-Luiza estuda o distanciamento da natureza da população de 58 mil habitantes da cidade da Paraíba. Na pesquisa, em andamento, a docente utiliza a imagem, fotos e desenhos infantis e entrevistas.
Maria Aparecida Crepaldi (UFSC) apresentou, em seguida, sua pesquisa na área de psicologia, desenvolvida em conjunto com o professor Marc Bigras (UQAM), da Universidade de Montreal, que participou do evento por intermédio de videoconferência. Eles analisam, em conjunto, a psicologia do desenvolvimento humano em famílias brasileiras passando por vários aspectos, desde agressividade e violência até desenvolvimento típico e atípico. Nesse rol estão incluídas práticas educativas, relações conjugais e parentais observadas por duas vertentes da psicologia: ecossistêmica e evolucionista.
Também por videoconferência, a professora Lucie Sauvé (UQAM) dissertou sobre o estudo do meio ambiente na busca de uma democracia ecológica. O objetivo é que o desenvolvimento e as necessidades humanas considerem também a natureza “como sujeito de direito”. A pesquisadora salientou que não basta resistir, a melhor maneira de resistir é a inovação social, citando como exemplo os jardins cultivados nos telhados da universidade canadense. A professora disse ainda que está começando a investir em novas áreas de pesquisa sobre inovação ecosocial, economia, ecologia, etc.
A segunda mesa redonda da tarde sobre Teatro e Sociedade reuniu experiências brasileiras e canadenses, inclusive no ensino de artes nas escolas de ensino fundamental e de segundo grau de Québec, Canadá. Participaram os professoras Carole Marceu e Chantale Lepage, ambas da universidade canadense, e Fábio Salvatti e Elisana de Carli, da UFSC. A mediadora do debate foi a professora Maria de Fátima Moretti (Sassá), da UFSC.
A programação do seminário de Cooperação Científica Brasil-Québec, realizado em parceria entre a UFSC e a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, continua às 19h com a mesa especial sobre Escola do Legislativo e Cooperação Internacional. O evento teve início segunda-feira(22) e segue até quarta-feira (24).