A apresentação e a escolha das ideias que poderão ser transformadas em políticas públicas em prol dos catarinenses marcaram o início do 1º Hackathon Cívico da Assembleia Legislativa, na noite desta sexta-feira (29), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright. Os universitários que se inscreveram para a maratona de inovação em políticas públicas receberam as primeiras orientações sobre o evento que prossegue até domingo (1º), na Assembleia Legislativa.
O hackathon atraiu estudantes de todo o estado, interessados em apresentarem soluções para problemas que atingem a população em três áreas: saúde, segurança pública e educação.
O acadêmico de Ciências Contábeis da Unisul Nycolas Camargo Cardoso, por exemplo, acredita que a iniciativa pode colaborar para a melhoria na qualidade de vida das pessoas. A proposta dele se baseia nas ideias do francês Etienne Wenger, um teórico do campo das comunidades de prática, e visa disseminar principalmente a troca de conhecimentos.
A estudante de Pedagogia da Unisul Cecília Kotzias trouxe para o hackathon uma proposta para dar autonomia administrativa, financeira e pedagógica às escolas públicas, colocando em prática o que preconiza a legislação vigente sobre educação.
“A LDB e o Plano Nacional de Educação propõem vários pontos que nunca são colocados em prática. Nossa proposta tira essas questões do papel”, disse. “O hackathon pode ser uma oportunidade de dar visibilidade a essa ideia e fazer com ela ganhe força.”
O 1º Hackathon Cívico da Assembleia Legislativa é promovido pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira em parceria com a ONG Politize!, que atua no fortalecimento da cultura política democrática. De acordo com Vinícius Zunino, membro da Politize!, um dos maiores desafios para o evento foi criar uma metodologia adequada para as políticas públicas, já que os hackathons, em geral, são focados na área da tecnologia e do empreendedorismo.
“Essa é uma iniciativa inédita no Brasil. É uma maratona para resolver problemas do cidadão, para melhorar a qualidade dos serviços públicos básicos usados pela população”, comentou.
A coordenadora do Núcleo de Educação para a Cidadania da Escola do Legislativo, Léa Cardoso Medeiros, reiterou que um dos objetivos do hackathon cívico é aproximar o Poder Legislativo da comunidade universitária. “Desses jovens podem sair soluções para problemas que atingem os catarinenses”, disse.
Programação
Neste sábado, os estudantes terão palestras na sede da Escola do Legislativo (Avenida Hercílio Luz, 870) com especialistas das três áreas indicadas e iniciarão a construção de soluções para cada um dos problemas apresentados. No terceiro e último dia (domingo), os estudantes retornam ao Plenarinho, no Palácio Barriga Verde, para concluírem e apresentarem suas propostas à comissão técnica responsável por avaliar e julgar os trabalhos, que indicará os três melhores.
As propostas vencedoras deverão ser apresentadas aos deputados em sessão ordinária, na segunda semana de julho. Além disso, a Alesc convocará uma sessão especial, em data ainda não definida, para homenagear os vencedores. As melhores propostas também serão encaminhadas aos presidentes de partidos que participarão das eleições estaduais majoritárias deste ano no estado, como colaboração dos jovens em possíveis ações de governo. O conteúdo ainda será repassado aos deputados que integram a Comissão de Legislação Participativa da Alesc.