Para a especialista em comunicação Juliana Germann, ex-rede Globo e Grupo EBX, a clareza, a confiança, a credibilidade e o carisma são essenciais à comunicação eficaz. Segundo ela, falar com clareza e confiança, gera credibilidade, enquanto o carisma é algo mais raro.
“Carisma é uma das coisas mais difíceis que têm, não é picolé de chuchu, é de não tirar os olhos, Martin Luther King falava com o coração, John Kennedy conseguia falar com eloquência e tocava o coração”, afirmou a especialista, durante o 8º Encontro de Mulheres Parlamentares de Santa Catarina, que terminou na tarde desta sexta-feira (19). O evento foi promovido desde quinta-feira (18) pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, com apoio da União dos Vereadores do Estado de Santa Catarina (Uvesc).
Germamn ensinou a posição correta para falar em público. “O corpo o mais ereto possível, mãos na frente, unidas e relaxadas, as duas pernas nem muito juntinhas, nem muito afastadas e cuidado para não ficar lavando as mãos, os gestos têm de ser um pouco mais contidos que no comício”.
Também orientou como estabelecer e manter o contato visual com a plateia. “O olhar tem de ser amplo, tem de prestar atenção nas pessoas, estabelecer pontos no meio, na frente, atrás, dos lados, todos precisam ser prestigiados pelo olhar. Já o olhar periférico é como uma fuga para ignorar o público e não encarar ninguém”.
Germann sugeriu controlar as emoções e evitar os vícios de linguagem. “Não pensem em coisas ruins antes de falar, pensem em coisas boas, tenham segurança e clareza, é insuportável ficar repetindo né, né, né! Não temos noção, só percebemos quando ouvimos o áudio gravado. Não diga ‘veja bem’ no rádio, nem ‘tá entendendo’, ‘é claro que estou, não sou burra!’ Treinem, simulem”.
Por último, a jornalista enfatizou a necessidade conhecer e dominar o assunto que vai falar em público. “Sem conteúdo não é possível”, declarou a especialista, que recomendou às mulheres parlamentares falarem a “linguagem” do interlocutor. “Se você falar com o homem em uma linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele, mas se você falar na sua própria linguagem, você atinge o coração das pessoas”, ponderou Germann.