As três propostas vencedoras do 1° Hackathon Cívico ganharam espaço na tribuna do Plenário Osni Régis durante a suspensão da sessão desta quarta-feira (15). O projeto, idealizado pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, reuniu universitários catarinenses para a elaboração de sugestões de propostas de utilidade pública a serem implementadas no estado.
Realizado entre os dias 29 de junho e 1° de julho, o Hackathon foi desenvolvido em parceria com a ONG Politize!. Durante os três dias de maratona, estudantes de todo o estado receberam orientações de especialistas para elaborarem propostas de políticas públicas voltadas para as áreas de saúde, segurança e educação.
Para eleger as propostas vencedoras, alguns quesitos foram levados em conta, como relevância e alcance, viabilidade financeira, política e legalidade, qualidade técnica, criatividade e inovação.
Saúde
A primeira ideia vencedora foi apresentada por Paloma de Freitas Cruz, estudante de administração pública da Udesc de Balneário Camboriú. A sugestão elaborada pela estudante e pelos colegas de hackaton Valmir Jordani e Joanna Pietro Farias consiste na criação do aplicativo “Saúde Mais”, com o objetivo de melhorar o atendimento da rede pública de saúde.
“No aplicativo será feito o agendamento de consultas e exames pelo SUS, com o objetivo de conter o grande índice de absenteísmo em Santa Catarina, diminuir as filas, facilitar a vida do cidadão. Na nossa proposta, a cidade piloto seria Florianópolis”, explicou a universitária.
Segurança
A proposta que ficou com o segundo lugar foi idealizada pelos estudantes Matheus Peixoto Philippe, estudante de direito, Maria Cristina Batistella Ignácio, aluna de Ciências Políticas da UFSC, e Ana Carolina Parreira, graduanda em relações internacionais.
Os três universitários também apresentaram uma sugestão de criação de aplicativo para celular, este nomeado “SOS SC”, com foco na segurança pública do estado. Conforme os estudantes, a plataforma serviria como um elo entre as autoridades e os cidadãos, onde qualquer pessoa poderia informar sobre alguma ocorrência.
“O aplicativo trata da segurança, então, nada mais justo que se basear no artigo 144 da Legislação Federal que diz que a segurança é dever do estado, direito e responsabilidade de todos. Por isso, partindo do âmbito jurídico, a gente vem resgatar essa responsabilidade de todos”, explicou Matheus.
Através do aplicativo, qualquer pessoa poderia informar se está acontecendo determinado delito, onde há suspeita, ou qualquer tipo de ocorrência, funcionando como plataforma civil de interação entre as pessoas.
“A ideia é conectar em tempo real, de maneira gratuita e confiável, que as informações circulem em um só ambiente, acabando com a dificuldade de encontrar informações verdadeiras e confiáveis”, complementou Maria Cristina.
Educação
O terceiro lugar do Hackathon ficou com o grupo de Iara Maria Machado Lopes, Milena Barbi e Cryslan de Moraes, que apresentaram o projeto “Democracia na Estrada”. A proposta visa desenvolver um projeto itinerante de educação política nas escolas públicas e privadas.
“A ideia consiste em um projeto itinerante de promoção de educação política nas escolas, fortalecendo a democracia e gerando conhecimento. Seriam cinco dias de atividades, abordando direitos fundamentais, prerrogativas dos três poderes, noções básicas de processo eleitoral e outras formas de exercício da cidadania”, explicou Iara Maria.
Conforme a proposta sugerida, todas as escolas participantes receberiam um “título de escola cidadã” e a realização do projeto seria feita através de jogos, simulações e dinâmicas de grupo.
“Entendemos que isso é qualificar o debate público. É uma iniciativa de investimento qualitativo na população. Apostar nos nossos estudantes não é pauta ordinária, é obrigação e de fato é sobre trilhar um caminho mais próspero rumo à cidadania”, finalizou Iara.
(Com a colaboração de Carolina Lopes/Agência AL)