As mulheres representam mais da metade do eleitorado brasileiro, mas a participação feminina no Congresso Nacional é de apenas 11,3% dos parlamentares. A ONU Mulheres, em parceria com a União Interparlamentar (UIP), apresentou uma pesquisa em maio de 2017 realizada em 174 países. O Brasil ficou na 154ª posição em relação a representatividade feminina no Congresso. Das 513 cadeiras da Câmara Federal, apenas 55 eram ocupadas por mulheres. No Senado, apenas 12 dos 81 assentos.
Em Santa Catarina o resultado das eleições de 2016 confirmou a baixa presença feminina na política. Foram eleitos prefeitos 271 homens e apenas 24 mulheres e para vereadores, 2.508 homens e 390 mulheres. E no Legislativo catarinense, desde 1934 até os dias atuais, foram eleitas apenas 12 mulheres.
Com o objetivo de estimular o debate e a reflexão sobre essa desigualdade, o Núcleo de Promoção e Inclusão Social da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral, promove na terça-feira (20), o seminário "Mulheres na Política: Elas Podem, o País Precisa". O evento acontece entre 18 e 22 horas, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Florianópolis.
"A intenção é sensibilizar e articular o engajamento das mulheres na política", defende a coordenadora da Escola do Legislativo, Marlene Fengler, destacando que o evento é totalmente gratuito. As inscrições podem ser feitas no site da Escola do Legislativo.
Palestras
O evento será dividido em três palestras e uma mesa-redonda. A doutora em Direito Elizete Lanzoni Alves falará sobre A História da Mulher na Política Brasileira. Na sequência, será abordada A Participação da Mulher na Política em Santa Catarina pela advogada Arlete Zago. A terceira palestra intitulada Democracia de Gênero: Compartilhando Espaços Políticos em Nível de Igualdade será ministrada pela doutora em Sociologia Teresa Kleba Lisboa.
Após as palestras haverá uma mesa-redonda sobre o tema do seminário (Mulheres na Política: Elas Podem, o País Precisa) com a participação das palestrantes e mediada pela mestre e doutoranda em Direito Ana Cristina Ferro Blasi.